Cachorros podem morrer de calor no verão; veja o que fazer

O verão chegou

As temperaturas estão começando a subir em todo o país, o verão começa no dia 21 de dezembro e a previsão é que a situação fique muito mais complicada para os cachorros. Camilli Chamone, geneticista e consultora em bem-estar e comportamento canino, a maior parte dos donos de cães se preocupa com o inverno e se o peludo está passando frio, mas é o calor que merece atenção

shutterstock

Ar quente é vilão

"Os cães regulam a temperatura do corpo por meio da respiração. Eles respiram para eliminar ar quente de dentro do organismo e inspirar ar frio. Porém, dependendo do calor, isso é impossível, pois o ar externo já está muito quente e eles não conseguem resfriar seu próprio corpo", detalha Camila.

Reprodução/Instagram

Atenção ao focinho

De acordo com a especialista, o cuidado precisa ser ainda maior com raças de focinho achatado, como pug, buldogues (francês e inglês), shitzu, lhasa apso e boxer, pois esses cães têm ainda mais dificuldade em regular a temperatura do próprio corpo e podem fazer um quadro de hipertermia em poucos minutos.

Stefan Glazer/Pixabay

Sinais de alerta

O primeiro sinal de alerta em altas temperaturas é o animal ficar muito ofegante, com a língua para fora de forma intensa. O quadro de hipertermia (aumento da temperatura do corpo) se agrava progressivamente quando a língua muda de cor, passando de rosa para tons arroxeados. A consultora alerta que depois vêm outros sintomas como engasgo, vômito, diarreia e desmaio. Neste cenário, os órgãos literalmente passam a cozinhar por dentro

Shuttersock

1 - Evitar passeio entre 10 e 16 horas

"Por serem os horários mais abafados, o asfalto pode até queimar as patas. Ainda assim, não deixe de passear com ele no verão (e em nenhuma outra época do ano) – o ideal é ir bem cedinho, ao amanhecer", reforça.

Samson Katt/Pexels

2 - Deixar a água sempre fresca, em potes

"O cachorro precisa submergir a língua na água para matar a sede; por isso a água é à vontade, em potes largos e de fácil acesso, jamais em bebedouros conta-gotas".

Banco de Imagens/Pexels

3 - Evitar tosas

"O pelo é um isolante térmico, tanto do frio como do calor. A tosa tira essa proteção natural e só traz ainda mais calor ao animal. Se quer diminuir os pelos, o ideal é aparar com uma tesoura, sem nunca descobrir a pele".

Pexels

4 - Ter atenção ao ambiente do cão

"Não é só passeando que o cachorro entra em quadro de hipertermia. Se ele fica na varanda ou no quintal e bate sol, ou trancado dentro de casa sem ventilação, ele pode morrer de calor mesmo estando parado". Por isso, o ideal é mantê-lo em ambientes frescos, à sombra, com ventilador ou ar condicionado, se não houver vento que refresque.

Shuttersock

5 - Caso o cão esteja muito ofegante

Nesses casos, o tutor precisa tirá-lo imediatamente de onde está e leva-lo para um ambiente fresco. "Se necessário, molhe-o com água de mangueira, em temperatura ambiente, por exemplo – é uma forma artificial de diminuir a temperatura do corpo rapidamente", explica.

reprodução shutterstock

6 - Se ele já estiver num quadro grave de hipertermia

Busque ajuda na clínica veterinária mais próxima. "Depois de molhá-lo, para reduzir a temperatura do corpo, tente transportá-lo o mais rápido possível e corra! Nestes casos, minutos fazem a diferença", pontua a consultora. Ter conhecimento e agir no preventivo podem salvar a vida de um cachorro e trazer um verão mais seguro para toda a família.

Pexels

Vai viajar neste verão?

Não se esqueça de conferir todas as dicas para ter uma viagem bem segura seja de carro, ônibus ou avião. Assim, você evita os perrengues e o passeio será inesquecível.

Canal do Pet no Instagram

Siga a nossa página no Instagram! Lá você pode, inclusive, deixar uma mensagem inbox para nós com suas dúvidas e podemos até fazer uma matéria com o tema. Contate-nos!

Samson Katt/Pexels