"Um monstro", é assim que Tamires Silva Gomes, de 27 anos, se refere a pessoa que, no último sábado (21), virou a vida dela e deu seu cachorrinho Pingo de ponta cabeça. Na manhã do mesmo dia, por volta das 9 horas, o vira-lata de sete meses acabou escapando quando o sogro da vendedora abriu o portão de casa para jogar o lixo fora. O filhote foi encontrado oito horas depois, por volta das 17h30, com as patas mutiladas. 

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Arquivo pessoal

Pingo é um cachorrinho de sete meses que acabou fugindo de casa

"Ele saiu correndo pelo portão. Mas, ele, ás vezes dá uma voltinha lá fora, vai até a esquina e volta. Só que como eu não estava junto ele não voltou. Depois de meia hora comecei a andar o bairro inteiro de moto procurando e chamando pelo nome dele", conta Tamires que mora no Parque das Hortênsias, bairro da cidade de Araraquara, interior de São Paulo. 

A busca incessante não estava dando resultados e a dona de Pingo começou a pensar que o animal havia sido roubado. Até que uma vizinha bateu no portão da casa dizendo que tinha um cachorro branco de grande porte chorando perto da linha do trem, coberto de mato. Tamires correu para o local, onde já havia passado anteriormente, e encontrou Pingo muito machucado, com as patas mutiladas . As almofadinhas estavam penduradas e dois dedos foram cortados. 

Pingo teve as patas mutiladas e as almofadas arrancadas
Arquivo pessoal
Pingo teve as patas mutiladas e as almofadas arrancadas

Assustada e sem entender muito bem o que havia acontecido, ela o levou para casa e contou com a ajuda de outro vizinho para buscar atendimento veterinário imediato. "A gente tinha um real no bolso. A primeira clínica que fomos não estava pensando no Pingo, apenas no dinheiro. Minha mãe teve que me transferir 700 reais para eu conseguir tirar ele de lá. Fizeram apenas um curativo e o liberaram". 

Mas os cuidados que o cachorro demandava eram muito maiores e as patinhas não paravam de sangrar. Foi feito então um pedido de ajuda no Facebook, onde a história teve grande repercussão e comoveu muitas pessoas que decidiram ajudar. Graças a isso Pingo agora está internado e sob cuidados especiais. Uma clínica da região aceitou tratá-lo sem pagamento antecipado. 

Pingo agora está sob cuidados veterinários
Arquivo pessoal
Pingo agora está sob cuidados veterinários


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"Ele ainda sente muita dor nas patas, passa a maior parte do tempo deitado. Até que ele dá alguns passos, mas já deita de novo. O tecido está morrendo e a ferida ainda é aberta. Vamos esperar ate sexta-feira (27) para ver se ele vai conseguir se recuperar ou se será necessária a amputação das patas", conta Tamires. Nesse caso o cãozinho ganharia próteses. 

Investigação

É difícil dizer o que realmente causou os ferimentos no animal, mas uma coisa é certa: não tem nada a ver com atropelamento de trem. Se o acidente tivesse ocorrido nos trilhos, onde foi encontrado próximo, teria ocorrido a decepação dos membros. Foi registrado um boletim de ocorrência e a Polícil Cívil investiga o caso que pode ser enquadrado como maus tratos aos animais. 

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"Ele tem apenas 7 meses, é um cachorro dócil, lindo e não faz mal a ninguém. Passa muita coisa na cabeça, eu não tenho rixa com ninguém, não devo nada para ninguém. Não sei por que fizeram isso", alega a dona. 

Ajuda de custo 

Os cuidados veterinários estão saindo caro, a diária de internação custa em torno de 300 reais. O valor pode aumentar se for necessária cirurgia para amputação das patas mutiladas. Por isso a dona pede por ajuda. Para quem se interessar a conta bancária da Caixa está no nome de Tamires Silva Gomes (CPF: 40030934885). O número da agência é 2993 e o da conta poupança 12629-0.

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