Os parasitas, como pulgas e carrapatos, são uma das principais preocupações dos donos de animais. Eles surgem sem que ninguém perceba e em pouco tempo dominam não só o corpo do pet mas todo o ambiente onde ele vive, causando desconforto. Entretanto, um dos principais perigos que esses bichinhos trazem são as doenças, como a erlichiose.

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A erlichiose é uma doença transmitida pela bactéria ehrlichia, presente em carrapatos. A enfermidade raramente atinge gatos ou seres humanos - é mais comuns em cães -, mas a possibilidade existe e é necessário tomar todas as precauções possíveis para proteger os seus pets e a sua família. 

Como acontece a transmissão da erlichiose?

O carrapato marrom é o principal vetor da erlichiose.
Reprodução/ Shutterstock
O carrapato marrom é o principal vetor da erlichiose.

Como já mencionado, a erlichiose é transmitida pela picada do carrapato marrom, muito comum em animais domésticos. Esse parasita é facilmente encontrado e se alimenta do sangue humano e de animais. Ele tem um ciclo de vida de 21 dias e sua fêmea consegue colocar até 3 mil ovos durante a vida. 

Outras formas de infecção podem acontecer, tais como o contato com agulhas e outros instrumentos infectados, além de transfusão sanguínea. Após entrar no organismo do pet, as bactérias se multiplicam, atacando os linfonodos e órgãos internos (como o fígado e o baço) destruindo os glóbulos brancos do animal.

Quais são os sintomas da elichiose?

Os sintomas da doença variam de acordo com a fase que a infecção se encontra. São três estágios:

  • Fase aguda: os sintomas desse estágio são febre, falta de apetite, perda de peso, depressão, sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. Fique atento a esses sinais, um diagnóstico precoce nessa fase aumenta muito as chances da recuperação completa do pet. 
  • Fase subclínica: a fase subclínica pode durar de 6 a 10 semanas (sendo que alguns animais podem permanecer nela por um período maior). Na grande maioria das vezes o cão não apresenta nenhum sintoma clínico. Somente em alguns casos os pets podem apresentar inchaço nas patas, perda de apetite, mucosas pálidas, sangramentos, cegueira, etc. Caso no fim do período de 10 semanas o sistema imunológico do cão não consiga eliminar a doença, ela volta para a fase crônica.
  • Fase crônica: podem ser observadas perda de peso, abdômen sensível e dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e sistema imunológico fraco. Os sintomas da fase aguda também podem voltar a se manifestar de forma mais amena. Outras doenças, como pneumonias, diarreias, problemas de pele e anemia se manifestam mais facilmente no pet durante esse período devido a sua baixa resistência. 

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por um médico veterinário responsável, que irá fazer perguntas a respeito da vida do cão a fim de identificar a  presença de carrapatos ou outros agentes transmissores. Exames de sangue também costumam ser requisitados para que a bactéria possa ser reconhecida. 

Felizmente, a erlichiose é tratável em qualquer fase. O tratamento é realizado com antibiótico (geralmente a Doxiciclina, receitada por profissionais especializados). Dependendo do estado do pet, soros e transfusões de sangue também podem ser necessárias. 

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